Centro de Hidrogênio Verde da Unifei deve se tornar referência em sustentabilidade para a indústria

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A Universidade Federal de Itajubá (Unifei) desenvolve um importante trabalho para mudar os rumos da indústria no país. Em parceria com o governo da Alemanha, a instituição inaugurou recentemente o Centro de Hidrogênio Verde (CH2V). Os investimentos do governo alemão chegaram a R$ 25 milhões para viabilizar o CH2V. O centro busca agregar várias frentes de pesquisas que incluem a análise do uso de hidrogênio verde em processos industriais, na geração de energia elétrica e na busca por alternativas sustentáveis para a mobilidade urbana.

Na inauguração do centro, realizada na última quinta-feira (28), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a posição de vanguarda da Unifei na execução do projeto: “O que está sendo feito em Itajubá serve de inspiração para todo o Brasil. A inauguração deste importante Centro de Hidrogênio Verde, o CH2V, aqui, na Universidade Federal de Itajubá, é exemplo nacional na implementação de plantas de produção de hidrogênio. É Minas Gerais que confirma sua tradição de vanguarda. É o Brasil que reafirma seu papel central no mundo que precisa da descarbonização”.

O ministro afirma que a parceria do Brasil com a Alemanha comprova o compromisso do Brasil com a transição energética. “Essa entrega é também exemplo do que podemos alcançar com a cooperação internacional pela Transição Energética. A colaboração entre Brasil e Alemanha, que há décadas tem produzido frutos nas áreas de energia sustentável e de eficiência energética, alcança mais um grande marco. Esse Centro de Hidrogênio Verde, aqui na UNIFEI, vai ajudar a expandir o mercado de hidrogênio verde no país”, disse.

O empreendimento é desenvolvido em conjunto pela colaboração da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão de Itajubá (Fapepe) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e o projeto H2Brasil, integrante da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável.

Alexandre silveira
Ministro Alexandre Silveira reatificou compromisso das nações com a sustentabilidade

Alexandre Silveira ainda destaca a importância do Programa Nacional do Hidrogênio: “No Conselho Nacional de Política Energética, definimos uma estratégia clara para o desenvolvimento da produção e uso do Hidrogênio de baixo carbono no Brasil. O nosso plano de ação, já aprovado e em implementação, é ambicioso, contando com 65 ações concretas para tirar a estratégia do papel. Não é à toa que já registramos cerca de 30 bilhões de dólares em projetos anunciados de hidrogênio de baixo carbono no país. A produção e uso de hidrogênio vão contribuir para o nosso desenvolvimento econômico e social”.

O Centro de Hidrogênio Verde

O CH2V será alimentado exclusivamente por painéis fotovoltaicos e vai abrigar laboratórios que serão utilizados por instituições e empresas interessadas em desenvolver pesquisas e aplicações consumindo o hidrogênio de baixa emissão de carbono. Conforme informado pela universidade, os trabalhos incluem, ainda, experimentos sobre a aplicação do hidrogênio verde junto a empresas siderúrgicas instaladas em Minas Gerais.

Ainda segundo informou a Unifei, nos cursos de graduação, pós-graduação e especialização deverão ser incorporadas disciplinas com foco no hidrogênio verde. O objetivo é promover a geração de conhecimento, troca de experiências, treinamento e qualificação profissional na área.

Em 2024 deverá ser inaugurada uma unidade de produção de hidrogênio verde e uma estação de abastecimento de veículos composta por um eletrolisador tipo PEM, de 300kW de potência, vasos de armazenamento, dispensador de abastecimento e uma célula a combustível. Assim, a universidade será capaz de produzir 60Nm³/h de H2V e se consolidará como um laboratório para pesquisa, desenvolvimento e demonstração da produção e uso do hidrogênio verde.

O centro também terá capacidade de realizar controle, medição, proteção e segurança da produção, além de analisar questões de logística e do uso final. Nele também será possível elaborar pesquisas sobre as aplicações de maior potencial na mobilidade, geração de energia e usos industriais para o abastecimento de veículos.

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